sexta-feira, 18 de março de 2011

Poema...

E você se deu
para esse alguém que sequer
tão bem te quer
como te quero eu



Lágrimas ao vento

Sinto falta de você segurando a minha mão.
É como se os meus medos evaporassem na sua ternura
E dessem lugar aos campos verdejantes da quimera.
Tenho saudades da carícia do seu sorriso irmão.

Meu amor não tem fronteiras.
É futuro presente passado.
Se quiser me reter, abra todas as feridas
E repouse sobre o meu rosto todo chorado.

Quando o dia nascer nublado,
Sentirá o que sinto hoje na ausência da tua voz.
E mesmo que o teu grito seja calado,
Ouça os meus versos nadando rumo a tua foz.

Que seja noite, mesmo que ainda seja dia.
Por mais que eu reze ou prostrado implore à Santa Maria,
Tenho comigo no Amor e na dor da Oração,
Rasgando meus joelhos no chão, a contemplação do teu altar: meu coração.


Eduardo Henriques

sexta-feira, 4 de março de 2011

Poema







Two Sisters

Girls, I know that now
The bedroom's door is closed,
Cause all you wish is not listen to what
What your parents talk about.

Oh! Sisters, I wish take your hands
To fly away without rules
Discovering every cloud of the sky.
Only us. Only we three. Only to fly.

The music is playing in our minds
And our heart live a sequence of a movies scenes.
Somethings I feel bad, I feel sad.
But in others times, I remember every wonderful thing we had.

Oh! Sisters, walk with you is like a heaven.
In my dreams, we walk alone in the roads
And behind us exist only our shadows.
Be real or be dream, oh! Sisters, stand by me in heaven.

Eduardo Henriques.

terça-feira, 1 de março de 2011

Poema...


Outro alguém


Ouças bem, meu bem,
O que agora eu vou dizer.
Esqueças-te de me querer
E vás querer outro alguém.

Insuportável é minha vida
Na sombra insaciável da tua.
Não me vejo nos teus olhos.
Não me vejo nos teus sonhos.

Quando teus braços busquei
Tentando atar-me ao teu corpo,
Foi um gélido abraço
O oceano que encontrei.

Nas ondas vagas das horas,
Chorei as lamúrias de minha dor.
Sei que por mim não choras.
Molestaste o meu amor.

Se algum dia
Sentires falta de um alguém que te amou
Saibas que este alguém encontrou
Noutros braços o que te pedia.


Eduardo Henriques

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Versos...

A vida continuará

Por mais que haja um mar
Rubro e venenoso sobre minha cama,
Um mar de sangue a encobrir meu luar,
E meu céu azul, você não me verá acabar.

É, a vida continuará após você me deixar.
A vida continuará após você se apagar.

Você nunca deixará o meu mundo,
Ou sumirá de meus pensamentos.
Mas não entenda errado.
Não pense em voltar: o mar secou.

E a vida continuará enquanto você caminhar.
A vida continuará e voltarei a amar.

A vida continuará e novamente irei sonhar.
É, a vida continuará com novas asas para voar.


Eduardo Henriques

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Versos...



As belas flores

Onde estão as belas flores
Do meu passado?
Onde estão as belas flores
Que me viram florescer?

Junto às flores vaguei
Tentando entender-me.
Foi o canto das flores
Que me ensinou a mi encontrar.

Onde estão as belas flores
Dos tempos de minha primavera?
Onde estão as belas flores
Que me ensinaram a amar?

Estão nos cabelos da moças
Que hoje buscam seus pares.
Estão no buquê das noivas
Que hoje adornam os altares.

Por mais que eu tente me alegrar
Sinto-me triste pelas minhas flores
Que nunca foram minhas
Que nunca foram flores.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Versos puros...


Morrer-te

Será que vale a pena te esperar tanto?
Não deveria eu deixar-me cair
No mar d'outros braços?

Quem sabe melhor ainda seria
Se me deixasse cair nos braços
Das ondas do mar sem fim
De tantos abraços, de tantos fins.

Será que é mesmo válido
Ficar assim recluso
Na espera dorida
De que chegue-me a tua sombra?
Sinto vontade de esquecer.
De esquecer de esperar-te.
De esquecer de necessitar amar-te.
Sinto vontade de morrer-te!

Na triste imensidão da vida,
Deixo-me morto a ti esperar
Em uma espera que me parece
Nunca se acabar...
E que me perece.

Ao menos manda-me um sinal.
Dá-me motivo para continuar
Chorando em noites frias,
Sofrendo sem qualquer companhia.

Faz-me ao menos me lembrar
O porque de estar a te esperar.


Eduardo Henriques

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Versos...


Olhares Mudos

Só em meio à noite
Só em meio ao dia.
Tudo é tão indiferente.
Tudo é exatamente nada.

Andar pelas ruas, ouvir nossos pais...
São tantas palavras a significar o vazio
E poucas imagens na memória a me lembrar nós dois
Em nossos dias de girassóis e céu azul.

Mas se o dia não é parecido com o pedaço de paraíso
Daquelas horas em que caminhávamos juntos,
Apaguemos as luzes do céu e vaguemos em silêncio
Amando-nos sibilantes em nossos olhares mudos.

Nós não teremos passado.
Nós não teremos retorno.
Nós seremos a luz e a escuridão da noite.
Em um imenso jardim nós seremos uma semente.

Juntos em maio à noite.
Juntos em meio ao dia.
Tudo será bem diferente.
Tudo será “Nós” quando o dia acordar.


Eduardo Henriques