quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Versos...


Ao Amor, um hino

Se minha luz se apagar na escuridão,
Se minha paz ruir em plena ansiedade,
Em nada isso mudará o que há em meu coração
Se tua voz me disser do amor que teu coração me sente.

Pode ser que um dia a luz venha a se apagar,
Mas saibas que em nada isso mudará
O brilho das estrelas do meu céu sobre teu mar.
Porque o amor é uma cicatriz que nunca sumirá.

As cores do céu de outubro ou o ar de maio,
Nada me importa se comigo eu te tenho,
Pois tu em tudo me bastas
E qualquer outro sentimento me será demais.

Todavia, se um dia dezembro de mim te levar
E numa manhã de sol sem ti eu acordar
Na lembrança de quem fui quando em ti vivi
Viverei a esperar a hora de reencontrar-te.

Por mais que doa o som mudo da escuridão
E que acalante o grito histérico da paz de uma flor,
Não chorarei como choram os em solidão,
Por que sempre em mim terei a rosa do nosso amor.


Eduardo Henriques

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Versos humilhantemente medíocres...

Sentinela

E se pela minha porta agora você passasse,
Tocaria a campanhia?
Ficaria com as mãos suadas?
Desconcertaria o cabelo tentando penteá-lo?

E se por acaso seu celular tocasse,
Desejaria que fosse eu?
Esperaria que fosse alguém
Falando que me viu chorar por ti?

Mas e se essa lágrima fosse mesmo verdadeira
E em mim vivesse uma dor fina, aguda e sorrateira,
Você viria me emprestar sua mão pálida
Para enxugar meu rosto apaixonado?

E no talvez repolsa a minha esperança
Tão vivaz quanto mórbida
Em sua iludida desilusão de ouvir chegar
O seu abraço apertado à minha porta.

Eduardo Henriques

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Uns versos ruins que não consigo melhorar...


Aquele vento que soprou

O que houve àquela menina que chora?
Terá o vento soprado seus sonhos?
Haverá a noite apagado suas memórias
E lhe deixado largada em seus medos?

O que houve com as roseiras da praça
Sempre cortejadas pelos enamorados?
Terão sido arrancadas por uma forte chuva?
Esvaíram-se à sombra de uma marcha de cavaleiros?

Lá no céu não se vê as nuvens
E nem as estrelas adornam a noite.
Das casas não se ouve aquelas alegres canções.
E dos boêmios só resta saudade.

O que houve com aquela mãe de véu?
Terá seu filho sucumbido junto à bandeira?
Terá sua filha fugido com um homem de quartel
Ou chorou a dor de se tornar viúva e costureira?

Quando os pássaros já partiram
E as folhas estão acumuladas no chão,
É sinal de que a primavera cessou e todos se foram.
Os ninhos agora apenas a neve fria guardarão.

O que houve com aquele rapaz de calças curtas?
Quem lhe apagou da face o sorriso?
Terá sido o apagar das noites claras?
Será que o mesmo vento aqui soprou?

Eduardo Henriques

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Versos...


Ponto

Se você achou que eu ia estar sempre aqui
Parabéns! Acertou.
Mas se você achou
Que eu ia estar esperando por ti,
Sinto muito, errou!
Essas lágrimas são por ti,
Mas antes chorar só por saudade,
Do que chorar ao teu lado
De solidão!

Eduardo Henriques

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Poema...



Gabness

São dias sem te ver,
Ouvir ou sentir. Nublados dias.
Incarregáveis horas de ansiedade.
- O que estará fazendo? Pensando?
Tudo é diferente. Tudo é intensamente.
Tudo isso é Gabness.

O que é isso que flameja dentro de mim?
Amor. Mas só? É um misto de tantas sensações:
Angústia, Alegria, Alento, Contento, Raiva, Ternura...
Isso o que eu sinto e você mo faz sentir
Não pode ser algo que se possa transmitir (ou exprimir).
É algo só nosso. Faz parte do nosso universo.
Isso que nós fazemos existir
É o sentimento mais lindo:
O que eu sinto é Gabness.

Embora haja tantas paredes,
E as maçanetas estejam enferrujadas,
Isso não significa que haja impedimento
À chegada dos dias de sol.
O som de minhas mãos nos teus cabelos
Lembra a brisa no mar
E o calor do teu abraço
A temperatura dos dias de piquenique.
É o silêncio e é a canção.
É a alegria e a sofreguidão.
Tudo no máximo e no apenas que eu possa querer.
Tudo e nada em Gabness.

Eduardo Henriques