Aquele vento que soprou
O que houve àquela menina que chora?
Terá o vento soprado seus sonhos?
Haverá a noite apagado suas memórias
E lhe deixado largada em seus medos?
O que houve com as roseiras da praça
Sempre cortejadas pelos enamorados?
Terão sido arrancadas por uma forte chuva?
Esvaíram-se à sombra de uma marcha de cavaleiros?
Lá no céu não se vê as nuvens
E nem as estrelas adornam a noite.
Das casas não se ouve aquelas alegres canções.
E dos boêmios só resta saudade.
O que houve com aquela mãe de véu?
Terá seu filho sucumbido junto à bandeira?
Terá sua filha fugido com um homem de quartel
Ou chorou a dor de se tornar viúva e costureira?
Quando os pássaros já partiram
E as folhas estão acumuladas no chão,
É sinal de que a primavera cessou e todos se foram.
Os ninhos agora apenas a neve fria guardarão.
O que houve com aquele rapaz de calças curtas?
Quem lhe apagou da face o sorriso?
Terá sido o apagar das noites claras?
Será que o mesmo vento aqui soprou?
Eduardo Henriques
Vejo versos com sentimento, verdadeiros e sublimes; então não, não são versos ruins como diz!
ResponderExcluirPelo contrário, cada dia melhor te ler! :)
Ôoh Tay,
ResponderExcluirMuito obrigado!
E sinceramente, acho esses versos impreciso e precários para o tudo que eu queria dizer.
É um mal constante...
=*
Amei e faço referencia a Quintana que disse
ResponderExcluir[...] a essência são as perguntas onde as respostas certa em nada importa =D
Que lindo! *-*
ResponderExcluirMuito interessante, mas será mesmo que são versos ruins? Eu diria que são versos verdadeiros. O tempo muda de uma forma assombrosa, pois o que já foi um botão de uma flor, desabrocha para vida. Nem tudo permanece a mesma coisa, com o passar dos anos, porque temos a tendência de mudar, seja para melhor ou pior, mas sempre mudaremos.
ResponderExcluirMuito obrigado, meninas!
ResponderExcluirÉ muito bom ver que os meus versos despretenciosos tem leitoras tão fiéis e o quão de significados eles carregam.
Beijos!