Canto ao Mar
Não vês este azul a avançar
Sobre as nuvens e todo o ar?
Enxergas quantos foram lá
E quantos nunca hão de voltar?
Fechas teus olhos e apela ao sentido
Que o vento sobre a pele te desperta.
Vais como um jovem passarinho agora
Voar às cegas na rosa do destino.
Sabes tu o fado do velho moinho cantar
Onde víamos o dia se espreguiçar?
Eis então o tempo de um fado ao mar
Que banha tão sozinho o céu e o que mais há.
Não faz muito sentido sentar e calar
Quando há tanta beleza para calmo olhar.
Vamos ficar e acariciar a visão do mar.
Se vais ficar entristecido, lanças ao mar teu chorar.
Vejas como ele é imenso e divino, e faz sonhar
Ao homem e ao menino que não sabem nele nadar.
Mas te ensina o caminho para barcos lançar.
Este, caro amigo, é o mar que vais ganhar.
Eduardo Henriques
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