sábado, 7 de julho de 2012

Poema

Escudo à solidão 

Haja o que houver, por favor,
 Não deixes cair ao mar 
O beijo que em tua mão fiz guardar. 
Não me soltes, por favor. 

Caminhar, esperar e sentir 
Tuas mãos através dos ventos 
A tocar, a redescobrir 
Cada pedaço dos meus contornos. 

Estou à janela e, por favor, 
Não me deixes a esperar
 Por mais de um cheio luar 
Que me envolvas em calor. 

Haja o que houver, por favor, 
Não me afastes de dentro de ti. 
Aqueças, apertes junto a si 
E uses como escudo à solidão, meu amor. 

Ao céu, ao mar, ao sol e ao luar 
Declamei, e bem cantei, o que sei de ti. 
Desenhar ou versejar, de tudo eu fiz
 Para a Deus, suplicar pelos teus olhos reavistar.

 Haja o que houver, estarei aqui. 
Tenhas pressas em voltar, por favor.
 Tenhas sede de tocar outra vez o meu amor. 
Haja o que houver, espero por ti. 

Eduardo Henriques

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