quarta-feira, 11 de julho de 2012

Poema...

À Lisboa


És tu, de tantos azulejos e beiras,
Nos telhados e pedras nas calçadas
Meu caminho, minha rota mais certa,
Minha certeza de estar em rota consagrada.

Minha terrinha do coração,
Pedaço de chão que levo na mão
E nos olhos do horizonte a visão
Da casa que habita minha lembrança de tudo então.

És tu, de tantas cores em varais e sacadas
Meu estandarte de brasões e armas bravias,
Seja no Rossio, no Commércio ou nas escadarias,
Meu peito te canta saudosas cantigas adoradas.

Senhora mais querida de saiote em camadas,
Nas cirandas de pé batido em meio às castanholas,
Vejo-te florida em cores de vida e amanhecer.
Ó casa minha, comigo vais pr'onde tiver que ser.

Édouard d'Henri-Araújo.

Um comentário: