
Adeus, meu amor
Bonsoir, meu amor, bonsoir.
Agora apenas o silêncio há
Para nos interromper as palavras
Que jamais foram ditas...
Que nunca serão pronunciadas.
As mesmas cortinas, o mesmo quarto.
O mesmo calor de setembro,
Mas não mais você e eu...
Não mais aqueles que o tempo perdeu
Quando o sol conosco adormeceu.
E eu saí a ti procurar pelas esquinas e praças,
Pelas vírgulas e estrofes de minhas músicas,
Mas apenas vi-me tão comigo mesmo
Que suspeitei alguma vez ter-te tido
Mais além de que por um crepuscular devaneio.
Bonsoir, meu amor, bonsoir.
Dormes em meus braços a sonhar
Com cada gota do perfume que nos embalsamou,
Com cada beijo que minha boca nunca te negou,
Com uma eternidade para ti que em mim se acabou.