
Sabor d'Acerola
A qu'aurora qu'é esta
Desbravadora do crepúsculo
Do anoitecer que se presta
A com um pulo m'esmorecer?
É o nascer e o morrer
Do dia na noite branca
Em branda endeixa fria
A m'acordar o luar que me dormia.
E acorda o sabor d'acerola rubra,
o cheiro da terra e da cor do tomate
De quintal naquele pedaço d'interior
Na capital qu'o progresso apagou.
Vasta rua arrancou as antigas rosas
E deixou crua a casa, calou as cantigas,
Embassou as reminiscências de minh'aurora
De semente em chão que brotar irá: mais não!
Eduardo Henriques
Dhú,
ResponderExcluirQue ambiente maravilhoso de se viver. Há tantas coisas que jamais voltam, o tempo nos tira o que era mais doce. Mas, em nossa memória guardamos os momentos de outrora.
Beijos!